Hoje parei um pouco o que eu estava fazendo, deixei o celular de lado e o computador também. Senti o sol tocar no meu rosto, respirei fundo e fiquei pensando em tudo que a vida me ensinou nos últimos tempos…
Eu que sempre tenho tanto a dizer, confesso que de uns tempos pra cá me vi sem palavras para explicar o que eu vivi e o que eu senti… só eu sei. Provavelmente ninguém nunca tenha uma ideia real de como foi difícil pra mim, mas, mesmo assim, eu quero compartilhar que aprendi.
Aprendi que nem todo mundo que pergunta como você está, se importa de verdade com você. Eu aprendi que é muito raro encontrar pessoas que queiram te ouvir, a maioria só quer falar. E, falando nisso, eu aprendi a calar. Aprendi a falar menos, respeitar os meus sentimentos e me poupar de certas situações… eu, realmente, não sou obrigada a nada!
Aprendi que nem sempre gentileza gera gentileza, mas, ainda assim, vale a pena ser gentil – afinal, você é aquilo que oferece, não aquilo que recebe. A propósito, aprendi que o que o outro pensa sobre mim não define quem eu sou e que a minha consciência sempre deve ser o que mais importa.
Aprendi que dores são incomparáveis, ninguém sofre mais, ou menos que você, cada um carrega a sua própria cruz. Aprendi que nem todo mundo que diz “eu te amo” sabe o que é amor e nem todo mundo que fala “pode contar sempre comigo” realmente irá te apoiar em um momento difícil… mas pessoas boas existem, não dá pra negar. Aprendi a me reerguer, porque percebi que ninguém faria isso no meu lugar. Percebi também que os amigos de verdade não ultrapassam a contagem dos dedos das mãos, mas é lindo quando temos este encontro de almas.
Hoje quando eu olhei pra trás me dei conta de que realmente não foi fácil… pra falar a verdade, foi bem difícil, foi dolorido, mas passou! De repente eu abri os olhos pela manhã e, sem querer ser redundante, eu acordei! Acordei de verdade, consegui me enxergar e perceber o mundo à minha volta. Entendi que o vazio que eu sentia só poderia ser preenchido por mim mesma.
É, eu aprendi que não devo colocar ninguém acima de mim. Não é egoísmo, não é vingança, nem maldade, pelo contrário! É uma mistura de amor próprio, consciência e liberdade! Eu finalmente aprendi que sou eu (e apenas eu) a grande responsável pela minha felicidade.
Milene da Mata
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