quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Depois de todas as despedidas, sempre fica a sensação daquilo que poderia-ter-sido. Pra mim, é meio inevitável me culpar. Me perguntar o que teria acontecido se eu tivesse falado mais de música, filmes ou qualquer outro assunto além da rotina. Me questionar se eu poderia ter mantido a outra pessoa por perto se eu fosse mais simpática, compreensiva, atenciosa. Sei lá. Sempre aquele gosto de não saber por que as coisas não continuaram. Aquela sensação de que tinha tudo pra dar certo. Mas não deu.
Talvez tudo quase sempre termine mais cedo do que eu acho que deveria, pra mim, porque eu sinto um medo enorme de me abrir. De contar meus medos, meus defeitos, minhas inseguranças. Deixar que alguém me conheça profundamente é entregar o poder de me destruir nas mãos de outra pessoa. E às vezes penso que eu já me destruo demais sozinha. Por isso prefiro a autopreservação ao risco, mas pago um preço alto por isso. Sei que esse é um dos motivos de eu ter sido, desde sempre, uma alma solitária.
Mas talvez eu devesse me culpar menos, sabe? Tudo bem. E daí que agora, nesse momento, eu não consigo confiar em muitas pessoas? Esse é o meu limite agora. E eu tenho que respeitar isso: não vale a pena me forçar pra viver uma relação amorosa, por exemplo, quando não me sinto pronta pra isso. Preciso continuar me cuidando, descobrindo as coisas que eu gosto, investindo em mim mesma. Sabendo mais dos meus próprios pontos fracos antes de resolver dividir os detalhes deles com outras pessoas.
Eu sei que preciso aprender a conviver muito bem comigo mesma primeiro. Pra depois poder deixar alguém entrar na minha vida e bagunçar muito do que eu acredito, me fazer ter certeza de algumas ideias e renovar mais uns tantos conceitos. Eu quero estar pronta, mas tenho tempo.
E agora eu só quero aprender a respeitar as minhas próprias barreiras, limites e inseguranças. Pra que, daqui a um tempo, eu seja capaz de me libertar de pelo menos uma parte deles.

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Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente

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